Pavillon du Brésil à l'Exposition Universelle 2020 à Dubaï

Lugar :

 Dubaï

Cliente :

 Apex

Superfície :

 4.000 m²

Orçamento :

 14 M R$ 

Estado :

 Mention honorable / Concours novembre 2018

 Equipe : Oyapock architectes, mandataire / Scarpa architectes, associé

Um pavilhão é, antes de tudo, um percurso. Animados por esse sentimento, propomos uma ideia de Brasil pautada pela vontade de superar a histórica dicotomia entre o homem e a natureza, para transformá-la em simbiose. Afinal, o Brasil, que surgiu com a linha abstrata de Tordesilhas, dilatou-se, moldou-se ao imenso território que hoje abriga a maior biodiversidade do planeta. É o país das curvas da hidrografia que alimentou o mito da « ilha Brasil », mas também o território que adaptou a geografia às linhas artificiais de uma nova civilização, como mostram Brasília ou Itaipu. Nem natureza intocada, nem progresso insustentável, este país busca uma travessia de equilíbrio, que traga desenvolvimento ao seu povo e contribua com a criação de relações sustentáveis para toda a humanidade. Bertha Becker afirmava que a floresta só ficaria em pé se sua conservação fosse geradora de valores. São estes os valores que, apesar de tantas dificuldades, encontram-se em exemplos nos mais diversos biomas brasileiros, trazendo esperança de que o Brasil possa ser tanto o «celeiro do mundo » quanto o « guardião da biodiversidade ». Em Dubai, buscamos a oportunidade de mostrar aos outros povos e aos próprios brasileiros que há não apenas esperança, mas, sobretudo, exemplos concretos de que o presente pode converter-se em outro futuro, conforme o documento final da Rio+20, « o futuro que queremos ».